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Mulher recebe vacina
Mesmo após completada a vacinação, é importante continuar com as medidas de segurança

Brasil tem 779 mortes por Covid-19 em 24h, com 257.239 novos casos, em novo recorde

Sexta-feira, 28 jan 2022 às 23h45

Mais uma vez, o país bateu o recorde de casos de Covid-19 registrados num único dia, com 257.239 pessoas infectadas. O número de mortes por Covid também continua subindo. Nesta sexta-feira (28), foram 779, o maior número de mortes desde 28 de setembro do ano passado.

Pelo 11º dia consecutivo, o Brasil bateu recorde de casos na média móvel, atingindo a marca de 183.203, o maior número de toda a pandemia.

A média móvel semanal é uma média entre o número do dia e dos seis dias anteriores. Ela é comparada com a média de duas semanas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda de casos ou de mortes. O cálculo é um recurso para determinar a tendência dos dados, eliminando o 'ruído' causado pelos finais de semana, quando a notificação se reduz por escassez de funcionários em plantão.

'Estamos vendo uma explosão de casos no Brasil. Estamos à beira de um tipo diferente de colapso que poderia ser evitado com o uso de máscara e ficando longe de aglomeração. O discurso das autoridades está sendo aquém do que a gente esperava. Não é um momento para estar tranquilo', alerta Carlos Magno Fortaleza, infectologista e professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em matéria publicada no Estadão.

Para o médico, trata-se de uma explosão de casos nunca vista, que ocorre por causa da variante Ômicron. 'A proporção de pessoas disseminadoras é muito maior. Somando-se a isso está o fato de que a Ômicron tem um relativo escape vacinal. Sem contar que a população relaxou com as medidas de segurança. Isso tudo, com a sensação de que a Covid-19 se transformou em uma gripe, faz com que ocorram recordes dias após dias', diz. 'A grande maioria vai ter um quadro gripal leve, e isso faz com que as pessoas se exponham e transmitam a Covid-19. Mas há quem morra.'

O especialista reforça que, com um número tão alto de casos positivos, apesar de uma baixa testagem, o número de mortes também vai subir. 'O que importa não é a percentagem de mortes, e sim a quantidade. Com a Ômicron, a proporção de pessoas que morrem é menor, e de fato as pessoas vacinadas têm menor possíbilidade, pois com três doses da vacina a chance de internação cai 85%. Mas como o número de casos é astronômico, a pequena proporção de mortes da variante pode gerar números grandes absolutos", avisa.

Carlos Magno lembra que em novembro, todas as estimativas eram otimistas, mas aí apareceu a Ômicron. 'O que me preocupa é que estamos com explosão de casos de Covid-19 e não se tomam medidas restritivas para frear isso. Se deixarmos do jeito que está, a tendência é que piore até meados de fevereiro. E a redução vai ser interrompida com novo aumento depois do Carnaval. Estamos confortáveis com 300 mortes diárias porque já tivemos 4 mil? Eu não me sinto confortável. Precisamos usar máscaras e reduzir eventos com muitas pessoas', comenta.

Até esta sexta-feira (28), o Brasil tem 625.948 mortos e 25.040.161 casos de Covid-19. Os dados diários do Brasil são do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde, em balanço divulgado às 20h. Segundo os números do governo, 22.162.914 pessoas estão recuperadas.

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