Tendo aparecido pela primeira vez em meados de novembro na África do Sul, a variante Ômicron do coronavírus desencadeou uma súbita explosão de casos na Europa — que logo se refletiu em diferentes partes do mundo.
No Brasil, a variante já predomina desde a primeira semana de janeiro, pelo menos, representando de 90% a 100% dos casos positivos confirmados por testes RT-PCR, segundo o mapa de frequência do Programa de Vigilância de Sars-CoV-2 da Rede Corona-Ômica BR-MCTI, que monitora o crescimento das principais variantes do vírus no país.
Felizmente, de acordo com recentes declarações da Organização Mundial da Saúde (OMS), a Europa acaba de entrar numa nova fase, que poderá levar ao fim da pandemia na região.
Para Hans Kluge, diretor regional da OMS para a Europa, 'é possível que a região esteja chegando ao fim da pandemia'. Isso pode acontecer logo que passar a onda de infecções causadas por essa variante, que, segundo a agência, fará com que mais da metade da população do continente europeu contraia a doença nas próximas semanas.
'Quando a onda da Ômicron tiver diminuído, haverá imunidade geral por algumas semanas ou meses, seja por causa da vacina ou porque as pessoas ficarão imunes devido à infecção, além de uma diminuição devido à sazonalidade', disse Kluge à agência de notícias AFP.
A OMS espera que isso proporcione um período de calma até que 'a covid-19 provavelmente volte no final do ano, mas não necessariamente com o retorno da pandemia'.
Kluge destacou, no entanto, que ainda é cedo para classificar a covid-19 como uma doença endêmica, algo que vem sendo recentemente discutido.
'Fala-se muito em endemia, mas endemia significa que é possível prever o que vai acontecer. Esse vírus nos surpreendeu mais de uma vez, então temos de ter muito cuidado', afirmou o porta-voz da OMS. Como a variante Ômicron tem sido amplamente transmitida, é possível que apareçam outras variantes, advertiu.
Por essa razão, Kluge recomendou à população ser responsável, ficar em casa se apresentar algum sintoma e se isolar em caso de teste positivo para covid.
Dada a velocidade com que a Ômicron é transmitida na Europa, Kluge explicou que a ênfase agora está em 'minimizar a interrupção dos serviços nos hospitais, nas escolas e na economia, e colocar um enorme esforço na proteção dos vulneráveis'.
As informações são da BBC News.
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